Você já ouviu falar em bounce rate ou taxa de rejeição? Esse termo é muito importante para quem é gestor de um e-commerce, tendo em vista que se trata de um indicador que contribui para que os sites performem melhor. 

Ao conhecer a taxa de rejeição do seu e-commerce, assim como fazer a análise de dashboard, de modo geral, você poderá desenvolver estratégias mais eficientes para o seu negócio. Vale lembrar que estamos passando por uma transformação no cenário do varejo brasileiro, e ser estratégico, mais do que nunca, é necessário.
 

Ao fazer a análise de dados no e-commerce, você poderá tomar decisões com embasamento e não por meros achismos. O uso da tecnologia, como recursos de Big Data, são o caminho para tomar as melhores decisões e aumentar os seus lucros. 
 

Ao compreender o real diagnóstico do seu negócio, será mais fácil desenvolver estratégias, como a precificação dos produtos que são vendidos. E, entre os indicadores que precisam ser acompanhados, um dos mais importantes é a bounce rate.
 

Como existem muitas dúvidas acerca dessa taxa, responderemos as principais delas, a seguir. Confira!
 

O que é a bounce rate?

A bounce rate, ou taxa de rejeição, é a porcentagem de visitantes que saem de um site ou página da web sem executar qualquer ação, como clicar em um link, preencher um formulário ou realizar uma compra.
 

Na prática, é o que acontece quando alguém acessa o seu e-commerce, olha a página e simplesmente a fecha, sem nem mesmo pesquisar produtos, colocar alguns deles no carrinho ou finalizar uma compra. 
 

Por isso, é muito importante que essa taxa seja acompanhada pelos e-commerces. Afinal, todas as pessoas que entraram na sua loja virtual são possíveis compradoras, que abandonaram a página por qualquer motivo.
 

Qual é a taxa de rejeição média dos sites?

Uma pesquisa desenvolvida pela empresa Go Rocket Fuel apurou que a bounce rate média dos sites está entre 41% e 51%. Esse número, no entanto, varia de um segmento para outro.
 

No que se refere aos e-commerces, por exemplo, a taxa de rejeição média, segundo o mesmo estudo, está entre 20% e 45%. Por isso, se a sua bounce rate estiver muito acima desse número, é preciso ligar o sinal de alerta e desenvolver ações para reverter essa situação.
 

Como fazer o cálculo da bounce rate?

Não é preciso usar nenhuma fórmula matemática para fazer o cálculo da bounce rate do seu e-commerce, tendo em vista que essa informação é disponibilizada pelo Google Analytics.
 

Por isso, basta que você vincule o seu site ao Google Analytics e monitore esse indicador. O serviço é totalmente gratuito e poderá ser muito útil para acompanhar não apenas a taxa de rejeição, mas também diversas outras métricas.
 

Outra vantagem do Google Analytics é que ele permite que você acompanhe a bounce rate de cada página da sua loja virtual. Ou seja, se você tem um e-commerce que vende roupas e separa os produtos por categorias, por exemplo, pode verificar as diferentes taxas de rejeição das páginas, como o setor masculino, feminino e infantil. 
 

Quais motivos fazem com que as pessoas abandonem os sites?

Uma vez que você conhece a bounce rate do seu e-commerce, é necessário tomar as medidas cabíveis para reduzi-la ao máximo. Para isso, compreender os motivos que mais fazem com que as pessoas abandonem os sites é importante.
 

Fizemos uma lista com os principais deles. 
 

#1 Não cumprimento das expectativas criadas

Imagine a seguinte situação: uma pessoa quer muito comprar uma televisão nova. Por isso, ela acessou o Google e pesquisou por “televisores com frete grátis para a cidade X”.
 

Um anúncio do seu e-commerce é um dos primeiros do relatório gerado pelo buscador, e esse possível cliente clica nele. Porém, em vez de ser direcionado exatamente para a página de TVs, que é o produto que essa pessoa está buscando, o link leva para a home do site.
 

Se esse usuário não encontrar as televisões disponíveis para venda na primeira página, ele provavelmente abandonará o e-commerce e voltará para o Google para acessar lojas concorrentes, em que o produto está mais acessível.
 

#2 Design ruim e pouco intuitivo

De nada adianta o seu e-commerce ter bons preços e oferecer vantagens para o cliente se o design for ruim. Tudo precisa ser muito organizado e intuitivo para que os usuários encontrem rapidamente o que eles estão procurando.
 

E, quando falamos em UX Design, muitas vezes, menos é mais! Vale mais a pena ter poucos recursos no site e eles serem fáceis de usar, do que encher de firulas e os usuários abandonarem a página por terem dificuldades para fazer a navegação.
 

Para fins comparativos, imagine que você entrou em uma grande loja de departamentos física. Porém, tudo está misturado, as prateleiras bagunçadas, eletrodomésticos na sessão de brinquedos, roupas na parte onde ficam os livros e CDs etc. Certamente, você dará meia volta e irá embora desse lugar, não é mesmo? A mesma coisa acontece quando alguém acessa um e-commerce e não encontra tudo arrumado.

 

#3 Lentidão

Outro motivo que faz com que a bounce rate seja alta é a lentidão do site. As pessoas estão cada vez mais impacientes e querem resolver tudo com muita agilidade. Logo, ficar esperando por mais de um minuto para que uma  página carregue é motivo suficiente para abandonar um e-commerce e procurar outro lugar para fazer as compras.
 

Por isso, é muito importante fazer testes de velocidade no seu site. Se for o caso, trocar o provedor de hospedagem também é uma medida interessante para garantir que as páginas não demorem muito para carregar.
 

Quais medidas podem ser tomadas para reduzir a bounce rate?

Conhecidas as principais razões que fazem com que a bounce rate aumente, agora, é importante que você saiba quais são as melhores estratégias para reverter essa situação. 
 

Confira, na sequência, algumas dicas para evitar que o seu e-commerce tenha uma taxa de rejeição muito grande.
 

Desenvolva um layout atrativo

O layout do seu e-commerce é uma vitrine virtual, ele precisa chamar a atenção das pessoas que o acessam e fazer com que elas permaneçam ali. Por isso, aposte em um design mais clean e que seja muito bem organizado.
 

Estratégias como a psicodinâmica das cores também podem ser trabalhadas. Segundo essa área da psicologia, o nosso cérebro reage de maneira diferente quando visualiza determinadas cores.
 

O amarelo e o vermelho, por exemplo, remetem à fome. Logo, se o seu e-commerce é para uma rede de food service, usar essas cores pode ser interessante para reter os usuários no site ou aplicativo e fazer com que eles finalizem os pedidos.
 

Quando se está trabalhando com alguma promoção especial ou ofertas do dia, também é interessante ter um banner com essas informações. Nesses espaços, além das cores, os textos também precisam ser trabalhados de forma persuasiva.
 

Tenha uma plataforma responsiva

Para você ter uma ideia, de acordo com o estudo Panorama do Comércio Móvel no Brasil, publicado em 2019, 85% dos consumidores que têm smartphones já fizeram alguma compra por meio desse dispositivo.
 

Logo, a sua loja virtual precisa ser desenvolvida em uma plataforma responsiva, ou seja, que se adapte a diferentes tamanhos de tela. Independentemente de o consumidor acessar o seu site em um computador, notebook, tablet ou celular, em todas as opções ele precisa ter uma boa experiência.
 

Se o seu e-commerce não for responsivo e um potencial cliente acessá-lo pelo celular, ele vai simplesmente abandonar a página e procurar por outro, que atenda melhor às suas necessidades naquele momento.
 

Incorpore vídeos à sua página

Um estudo feito pela empresa Wistia descobriu que a adição de vídeos aumenta o tempo médio dos usuários nas páginas em até 2,6 vezes. Isso acontece porque as pessoas param para assistir os vídeos e acabam ficando mais minutos com o site aberto, fazendo com que a bounce rate reduza.
 

No caso de um e-commerce, podem ser produzidos vídeos com reviews dos produtos, para que os clientes tenham mais informações sobre aquilo que estão comprando. Isso também gera a vantagem de os usuários terem mais informações para fazer a compra com mais segurança.
 

Monitore a velocidade do seu e-commerce

Como explicamos, a lentidão para carregar as páginas é um dos principais fatores que fazem com que a bounce rate cresça. Por isso, monitorar a velocidade do site e fazer correções para que ele se torne mais rápido é algo extremamente necessário para que o seu e-commerce possa reter as pessoas na página e faturar mais.
 

Para fazer isso, você pode usar uma excelente ferramenta, que é disponibilizada gratuitamente pelo Google, a PageSpeed Insights. O uso dela é bem simples, basta colar a URL do seu site no campo indicado e fazer a pesquisa.
 

A ferramenta fará uma varredura em todo o seu site e dará uma nota para ele, que varia de 0 a 100. Quanto mais próxima a 100 fora a sua nota, melhor para o seu e-commerce, pois significa que ele tem uma boa velocidade e que os usuários não abandonarão a página por conta da lentidão.
 

Porém, apenas saber os números não é suficiente! Por isso, a PageSpeed Insights também mostra os motivos que fazem com que o seu site seja lento. A ferramenta mostra se as fotos cadastradas são muito pesadas, códigos HTML e CSS que podem ser otimizados etc. 
 

Assim, todas as correções apontadas podem ser feitas com facilidade pelo seu time de programação. Logo, o site performará melhor e a taxa de rejeição será reduzida.
 

Use mapas de calor para conhecer como as pessoas usam o seu site

Os mapas de calor são ferramentas que mostram como as pessoas usam e interagem com o seu site. Uma boa ferramenta para isso é o Hotjar, que possibilita que você cadastre o seu site gratuitamente e monitore como as pessoas leem, clicam e rolam pela sua página.
 

A ferramenta mostra visualmente a quantidade de pessoas que clicam em determinados pontos da página. Assim, se um determinado botão de compra não tem muitos cliques, por exemplo, pode significar que ele está pouco visível para os visitantes.
 

Uma alternativa para resolver essa situação é fazendo testes A/B, mudando cores e textos, até que se consiga chegar a um layout que seja realmente atrativo e possa converter os visitantes do site em clientes para o seu negócio.
 

A bounce rate está entre os principais dados para gestão que devem ser acompanhados pelos administradores de e-commerce. Por isso, não deixe de acompanhá-la e colocar em prática todas as dicas que trouxemos aqui. Seus resultados em vendas serão muito maiores quando você adotar as mudanças para que os usuários passem mais tempo em sua loja virtual.
 

Siga se informando para melhorar o desempenho da sua loja virtual! Leia, também, nosso artigo sobre o mapeamento da jornada do cliente no e-commerce, e até a próxima!

Você já ouviu falar sobre o conceito de dark store? Com o rápido crescimento do mercado de compras online, as empresas buscam formas de melhorar a experiência do cliente. E é justamente isso que essa nova tendência do varejo busca entregar.

Segundo a pesquisa 2018 Global Consumer Insights Survey, realizada pela consultoria PwC, 45% dos brasileiros têm interesse em comprar itens básicos do seu cotidiano regularmente via internet. Além disso, 64% deles estão dispostos a pagar mais caro no frete por uma entrega mais rápida – se possível no mesmo dia.
 

Ou seja, existem alguns pontos fundamentais que merecem destaque: a migração (cada vez maior) do consumidor para o mundo digital, a busca por comodidade e a valorização da agilidade na entrega. Foi isso tudo que levou ao surgimento de centros dedicados de entrega de produtos para comércio eletrônico – as chamadas dark stores.
 

Neste artigo vamos entender melhor como funciona o conceito de dark store e quais são os benefícios dessa tendência. Confira.
 

Surgimento do conceito de dark store

Com o crescimento das vendas online, muitos varejistas optaram por estender as vendas presenciais para as vendas pela internet. Para isso, investiram em um novo layout para otimizar seus ativos fixos e também o estoque da loja.
 

Porém, à medida que os volumes de vendas aumentam, os varejistas descobrem que suas lojas não têm capacidade suficiente para suportar volumes de pedidos de comércio eletrônico sem afetar a operação da loja offline (congestionamento do corredor, disponibilidade na prateleira devido a requisitos maiores de reposição, falta de espaço, espaço de estacionamento insuficiente para caminhões de entrega em domicílio).
 

A resposta para essas restrições de capacidade deu origem ao conceito de loja escura, que se desenvolveu significativamente no Reino Unido e na França, e também está presente na Alemanha, na Holanda, entre outros países. E agora também está crescendo no Brasil.
 

O que é uma dark store?

O conceito de dark store é bem simples de ser entendido: trata-se de lojas fechadas ao público que atuam como pontos de distribuição de produtos em uma determinada região. Com isso, os consumidores podem comprar os produtos da empresa por meio de seus canais digitais – como e-commerce ou em aplicativos de entrega – e optar entre uma entrega rápida ou retirar no estabelecimento.
 

Com base no conceito de dark store, empresas de todos os setores podem focar nas vendas pela internet – incluindo setores que enfrentavam dificuldades, como supermercados e restaurantes. Com mais consumidores optando pelo consumo online, não é mais necessário ter uma estrutura física para atendimento presencial.
 

Geralmente, a dark store foca no atendimento de pedidos online em áreas com grande demanda. Por isso, a localização dessas lojas fechadas é fundamental para que seja de fácil acesso para o público e fique localizada próximo dos pontos de interesse.
 

Em vez de gastar com o aluguel de uma sala comercial no centro da cidade, é possível instalar uma dark store em um bairro mais tranquilo que permite uma entrega ágil para os clientes e apresenta facilidades para os consumidores que optam por retirar os produtos no local.
 

Atualmente, os clientes desejam que as empresas sejam ativas, onipresentes e rápidas nos canais de atuação – independentemente do ramo de atuação. Eles esperam uma experiência de varejo sem complicações. Portanto, o conceito de dark store começa a ser adotado pelas empresas que buscam diminuir as taxas de abandono de carrinho e aumentar os lucros.
 

Na prática, uma dark store costuma ter algumas características básicas:

  • Um local que permite fácil coleta ou entrega em um local de retirada

  • Condições de armazenamento ideais para os produtos (um supermercado precisa de um espaço com refrigeração, por exemplo)

  • Layout projetado para facilitar o gerenciamento do estoque
     

Benefícios da dark store

A dark store é vista como uma ótima maneira de reduzir custos e proporcionar benefícios ao consumidor – gerando um diferencial competitivo. Porém, para alguns setores do mercado, também é uma boa solução para grandes problemas dos varejistas.
 

Pense no exemplo de um supermercado. As pessoas estão, cada vez mais, optando por fazer suas compras do dia a dia (leite, pão, papel higiênico, produtos de limpeza e outros utensílios) pela internet. Isso reduz o investimento de tempo, estacionamento e estresse para o consumidor, mas deixa o supermercado com um problema: como separar e transportar essas compras para o consumidor em tempo hábil?
 

Seria necessário designar um profissional apenas para sair coletando os pedidos pelo mercado ou, então, reformular todo o controle de estoque do supermercado. A dark store surge como uma nova alternativa para isso.
 

Além disso, é preciso considerar todos os outros vários benefícios do conceito de dark store:

  • Capacidade de atendimento adicional. Uma dark store não está limitada à capacidade do espaço físico ou quantidade de atendentes disponíveis para atender os consumidores. Com os níveis ideais de estoque, é possível ampliar drasticamente a capacidade de atendimento.

  • Gama completa de produtos. Ao contrário de uma loja típica, as lojas fechadas podem ter uma gama completa de produtos para atender o consumidor – afinal, é possível ampliar o espaço dedicado ao armazenamento do estoque.

  • Ótima disponibilidade. A dark store também oferece grande disponibilidade. Como suas operações são dedicadas ao atendimento de pedidos feitos online, é possível ter visão muito mais clara dos níveis de estoque e, portanto, ter melhor disponibilidade do produto do que uma loja tradicional.

  • Maior eficiência. Uma dark store pode eliminar diversas preocupações de um varejo tradicional (gestão de pessoas, layout, atendimento ao cliente, etc). Com isso, é possível focar no que realmente importa: vender e entregar com eficiência para o cliente.

  • Condições ideais para os produtos. Uma dark store pode dar toda a atenção necessária para o armazenamento correto dos produtos – aumentando sua vida útil e entregando mais qualidade para os consumidores.

  • Operação 24 horas por dia. Assim como qualquer e-commerce, as lojas fechadas podem operar 365 dias por ano, 24 horas por dia. Os pedidos podem ser entregues nos horários mais convenientes para os clientes.

  • Planejamento de rotas. Com um bom planejamento da área de atuação, a dark store pode otimizar o processo de entrega – encontrando as melhores rotas. Isso garante o máximo de eficiência e entrega de mercadorias no menor tempo possível.

  • Oportunidades para novos produtos. As lojas escuras abrem chances para os varejistas venderem novos produtos que os consumidores não encontrariam nos pontos de venda devido a restrições de espaço.

  • Otimização da experiência do consumidor. Conforme já destacamos, o conceito de dark store vai ao encontro do que o consumidor procura: agilidade e comodidade. Ele pode receber o produto em mãos com mais agilidade ou optar por retirá-lo diretamente na loja.

  • Redução de custos. Os custos para manter uma dark store são muito menores do que uma loja de varejo tradicional. Além disso, um bom planejamento da logística também pode manter os gastos menores do que e-commerces tradicionais.
     

Pontos de atenção na implementação de uma dark store

Apesar de todos os benefícios que acabamos de destacar, existem alguns pontos que merecem atenção na implementação de uma dark store. Afinal, o objetivo desse modelo de negócio é a maximização da eficiência para que seja possível apresentar benefícios reais ao consumidor.
 

Veja quais são os principais pontos que merecem a sua atenção:
 

1. Definição do mix de produtos

O tamanho e a natureza da variedade de produtos têm um grande impacto para uma dark store. Por mais que o impulso inicial seja oferecer o maior mix de produtos possível, é preciso considerar a capacidade do armazenamento em estoque e os custos – além de compreender exatamente como satisfazer o seu público-alvo.
 

2. Seleção do local certo

A seleção de um local adequada para a dark store talvez seja o principal aspecto para o sucesso do empreendimento. É preciso buscar um local amplo para o armazenamento dos estoques, mas que esteja localizado em um ponto viável para entregar ágeis e para que os consumidores possam ir retirar suas encomendas.
 

Além disso, as lojas fechadas que fazem entrega para o cliente geralmente precisam de um pátio muito grande para acomodar os veículos para transporte e a movimentação de carga e descarga dos produtos.
 

3. Otimização do layout

Enquanto as lojas de varejo são tipicamente dispostas com base em fatores comerciais e grupos de famílias de produtos, uma dark store pode ser projetada para aumentar a eficiência. A lógica deve ser a mesma de um armazém de estoque: facilitar o acesso aos produtos com maior saída, deixar espaço livre para circulação, acomodar os produtos conforme suas necessidades particulares, entre outras recomendações.
 

O sucesso no gerenciamento do estoque faz toda a diferença para que seja realmente possível atender aos clientes com a agilidade necessária. Além disso, essa também é uma forma de otimizar os custos e evitar desperdícios.
 

4. Cuidado com as promessas feitas

Os prazos de entrega dos pedidos de compras online são extremamente curtos, portanto, é essencial garantir pessoal suficiente para atender aos pedidos. Da mesma forma, é difícil prever com precisão a demanda do cliente, principalmente no início das operações.
 

Levando isso em consideração, é preciso ter muito cuidado com as promessas feitas ao cliente. Se você prometer entregas rápidas, mas não conseguir garantir que a mercadoria esteja nas mãos do consumidor dentro desse prazo, ele ficará insatisfeito.
 

5. Previsão de demanda

O grande trunfo da dark store é poder focar no gerenciamento de um estoque de produtos para atender as necessidades do consumidor com agilidade. Para isso, é essencial buscar uma previsibilidade da demanda – evitando a falta de produtos e também situações em que as mercadorias ficam paradas pela falta de demanda.
 

6. Otimização dos canais de atendimento

Com vendas feitas somente pela internet, os canais de atendimento ganham uma importância ainda maior. É preciso estar presente onde seus consumidores também estão para fortalecer sua marca e divulgar seus produtos.
 

Neste momento, é preciso entrar de vez no mundo online e explorar as estratégias de marketing digital. Redes sociais, anúncios online, site atualizado, e-mail marketing, parcerias com outros sites e influenciadores digitais são algumas ideias que podem ser exploradas.
 

7. Configuração da plataforma de venda

Se os canais de atendimento e divulgação da marca precisam de uma atenção especial, a plataforma de venda merece uma atenção ainda maior. É por meio dessa plataforma que os consumidores podem adquirir o seu produto – afinal, eles não poderão ir até a loja física.
 

Quanto melhor for a experiência de compra do consumidor, maiores são as chances de que ele saia satisfeito e volte para comprar novamente. Portanto, o site do e-commerce e/ou o aplicativo utilizados precisam facilitar o processo de navegação e compra.
 

8. Tecnologia para integração

Atualmente, muitos processos internos das empresas podem ser automatizados e integrados. Com a dark store isso não é diferente. Um ótimo exemplo disso é a utilização de um sistema de gerenciamento que integra o controle de estoques com a gestão de pedidos dos clientes. É dessa forma que um negócio ganha em eficiência para crescer no mercado.
 

Sistemas eficazes de gerenciamento de pedidos e de de estoque também podem ajudar os varejistas a otimizar a experiência do cliente e o processamento de pedidos ao mesmo tempo. Com uma visão clara do estoque, é possível enviar rapidamente o pedido e dar atualizações automatizadas em tempo real sobre o status do pedido para o cliente em seu dispositivo móvel, para que ele saiba exatamente onde está o pedido e quando estará em suas mãos.
 

Você já conhecia o conceito de dark store? A sua empresa está atualizada em relação aos novos modelos de negócio que estão surgindo no mercado? 

Mesmo com o varejo online e presencial, o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio tradicional revelou que o Dia dos Namorados de 2019 apresentou uma queda de desempenho na atividade do comércio em relação a 2018, apresentando recuo de 2,9%, quando comparada com o mesmo período do ano anterior.

Esta é a maior queda ocorrida em comparação aos últimos dois anos. O indicador também apresentou uma redução de 2,6% durante o final de semana que antecede a data (7 a 9 de junho) em todo o país.

Basicamente, o resultado negativo foi influenciado pela inflação dos últimos anos, pelas altas taxas de desemprego e, por fim, a retração de confiança do consumidor.

O que será do dia dos namorados em tempos de distanciamento social, Coronavírus e crise econômica? Uma oportunidade para o varejo online ou uma estatística negativa para o manchar o histórico de constante crescimento do comércio eletrônico brasileiro?

Varejo online: amor na época do Covid-19

O dia nacional do romance está chegando mais uma vez, mas esta data marca não apenas um momento importante para casais, como também para os varejistas. Apesar do momento de crise, o varejo online deve surpreender o dia dos namorados com números que tendem a superar anos anteriores. É o que mostra dados do mercado apresentados no site E-commerce Brasil:

  • O varejo online faturou R$ 9,4 bilhões em abril deste ano, se consolidando como uma alternativa para a troca de presentes no dia dos namorados. Essa tendência é confirmada pela pesquisa realizada pela ShopFully, que entrevistou 1.508 pessoas de todas as regiões do Brasil.

  • De acordo com a pesquisa, a maior parte do público entrevistado é composta por mulheres (64%), na faixa dos 30 aos 39 anos (36,4%), entre os dias 15 e 17 de maio. O levantamento indica que 57,2% das pessoas pretendem comprar um presente para o namorado (a) ou cônjuge.

  • 48% afirmaram que já estavam realizando pesquisas com o intuito de verificar promoções, comparar preços e encontrar as melhores ofertas. Os dados ainda revelam que o varejo online está em alta: 51% das pesquisas são realizadas por meio de sites ou aplicativos de ofertas, seguido pelas redes sociais (32%) e comparadores de preços (15%).

Em relação ao ano de 2019, o Dia dos Namorados movimentou, graças ao varejo online, mais de R$ 2,2 bilhões em 5,7 bilhões de pedidos, o que mostra o poder de contribuir com crescimento econômico brasileiro, mesmo em períodos de grandes crises globais, a exemplo do novo Coronavírus.

O novo “normal” no varejo

À medida que os consumidores ficam cada vez mais informados digitalmente, os consumidores voltam a usar a Web durante a semana que antecede o Dia dos Namorados. E esse caso de amor não está acontecendo apenas em computadores, pois os dispositivos móveis representaram 24% das vendas no ano passado e os clientes esperam gastar, em média, 30% a mais online.

Então, o que isso significa para o varejo online? Que não há como negar que seria um grande erro se as empresas não colocassem em prática algumas idéias brilhantes para o Dia dos Namorados para aproveitar esta temporada.

Dicas para aumentar suas vendas no varejo online neste dia dos namorados

O dia dos namorados é uma oportunidade importante para as marcas e os varejistas aumentarem as vendas online e, também, conquistar novos clientes. Portanto, se sua empresa ainda não traçou a estratégia para realizar uma campanha online neste dia dos namorados, temos algumas idéias que podem ajudá-lo a melhorar sua venda este ano.

  1. Torne seu site compatível com dispositivos móveis

Como vimos, 51% dos compradores de dia dos namorados disseram que usarão seus telefones celulares para fazer compras.

À medida que o comércio eletrônico móvel continua a absorver grande parte do tráfego de compras do varejo online, está se tornando cada vez mais importante focar nas otimizações de sites móveis.

O varejo online móvel deve superar as compras com uso da Internet através de computadores até 2021. No entanto, ainda estamos vendo exemplos de sites mobile que não atendem às expectativas do usuário, levando a uma experiência ruim do cliente e prejudicando as vendas online.

O tempo de carregamento é um dos principais pontos em que os sites para dispositivos móveis falham. Para se ter uma ideia, 50% dos usuários não conseguem carregar a página inicial corretamente.

O tempo de carregamento da página é uma consideração fundamental para uma boa experiência do usuário.

Muitas vezes, vemos exemplos de como o processo de venda online no celular pode ser inferior a uma experiência em computadores. Isso resulta em carrinhos de compras abandonados no estágio de checkout, devido a algo que é relativamente fácil de melhorar. Tente usar o teste do Google Mobile Friendly para avaliar sua página e fazer melhorias com base nos resultados.

  1. Ajude seu consumidor a encontrar o presente perfeito

É tudo sobre a experiência do cliente. Os consumidores estão ocupados. Eles nunca foram tão ocupados. Facilite esse processo para eles, e você conquistará novos clientes e agradará os já existentes.

O site mais bonito do mundo pode ser um fracasso se for difícil de navegar, resultando na perda de clientes. Nesta época do ano, coloque as ações do dia dos namorados na frente e no centro, facilite para o cliente encontrar o que deseja e concluir a compra.

Uma dica importante a incorporar é ter um design atraente que sugira que você tenha produtos e presentes com temas para namorados, com links para diferentes listas. Use banners específicos para o seu estoque no Dia dos Namorados e ajude os clientes a encontrar o que precisam.

Acredite, em muitos casos, o comprador não sabe ao certo o que está procurando, apenas procurando um presente! Fornecer uma barra de pesquisa, além de ter um guia com tema de presente, pode ajudar a reduzir o estresse dos usuários ao procurar o presente “perfeito”.

Para ter dicas ainda mais específicas para seus clientes, considere usar filtros como:

  • Presentes para ele, ela, casais, crianças, animais de estimação

  • Filtros baseados em temas, como estilo de vida, esportes, eventos

  • Forneça referências de preço – presentes abaixo de R$ 50, R$ 100, R$ 150

Por fim, verifique se sua campanha online de marketing está publicando conteúdo relevante, além de informações sobre as diferentes ofertas e códigos promocionais do Dia dos Namorados por meio de email marketing e mídia social.

As mídias sociais podem ser uma ferramenta poderosa para influenciar as decisões de compra com análises de influenciadores de todo o mundo. Além disso, novos recursos, como as compras no Instagram, são uma plataforma importante para conscientizar seus produtos e conquistar novos clientes.

  1. Impressione seu público com email

Você sabia que o marketing por email é até 40 vezes mais eficaz do que as mídias sociais? É o que diz a pesquisa feita pela empresa McKinsey. Prevê-se que, neste ano, o número de usuários de email chegue a 3 bilhões. Isso destaca o potencial que o marketing por esse canal tem a oferecer e como é vital que as marcas o usem com eficiência.

Além disso, tempo é tudo. O envio de campanhas relacionadas aos presentes do Dia dos Namorados na hora certa pode ajudar a colocar seu público-alvo no caminho da compra. O marketing por email também pode ser uma ferramenta útil para direcionar o tráfego para páginas relevantes, o que aumenta potencialmente as conversões e a venda online.

Por fim, o email também é uma ferramenta eficaz para enviar mensagens personalizadas ao seu público-alvo à medida que a personalização se torna mais importante. Você também pode incluir e-mails de abandono de carrinho com mais sugestões e guias para ajudar seu público a comprar.

Da mesma forma que você garante que seu site seja otimizado para dispositivos móveis, verifique se suas campanhas de email são compatíveis com dispositivos móveis – dois terços dos emails são abertos em smartphones ou tablets.

  1. Apresente um estilo romântico através das mídias sociais

Existem inúmeras possibilidades para criar campanhas divertidas nas mídias sociais para direcionar as pessoas ao seu site. Crie algum conteúdo focado no usuário, configurando pesquisas e adicionando hashtags adequadas para aumentar a probabilidade de as pessoas verem.

De que outra forma sua loja de comércio eletrônico pode alavancar o poder das mídias sociais para impulsionar as vendas online do dia dos namorados?

Os concursos podem ser uma ferramenta poderosa para aumentar o reconhecimento da marca e o envolvimento, além de sempre ajudar na criação de conteúdo gerado pelo usuário. Como não gostar?

Muitos profissionais de comércio eletrônico acham que podem descobrir novos leads oferecendo brindes. Apenas verifique as leis em seu estado ou país para seguir as regras.

As categorias de produtos mais populares

De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, a previsão é que, no Dia dos Namorados de 2020, serão realizados 9,76 milhões de pedidos com tíquete médio de R$ 303, que levarão o faturamento do setor para R$ 2,96 bilhões.

As categorias que mais vão vender são moda, perfumes, cosméticos, informática, eletrônicos, cestas e flores.

Como é de se esperar, jóias, flores e doces encabeçam a lista de presentes comprados no varejo online.

Não se esqueça dos solteiros no dia dos namorados

Nem todo mundo tem alguém para comemorar esse dia, mas isso não significa que não seja motivo para deixar de comprar. De acordo com as estatísticas do Bing:

  • As mulheres solteiras gastam cerca de US$ 40 com si mesmas.

  • Homens solteiros gastam mais de US $ 70.

  • Cerca de 20% dos presentes do Dia dos Namorados são para amigos e não para outros relacionamentos.

  • 19% dos compradores compram algo para seu animal de estimação.

No varejo online, qualquer coisa que possa ser usada para se mimar pode ser comercializada como uma compra no Dia dos Namorados.

Velocidade e proteção será um diferencial para o varejo online em tempos de pandemia

Os varejistas que oferecem entrega expressa, ou no mesmo dia, sairão por cima durante o período que antecede o Dia dos Namorados. Uma grande parte dos presentes é comprada no dia ou dois dias antes da data, portanto, um serviço de entrega confiável, rápida e principalmente segura em tempos de pandemia será essencial.

Os varejistas online devem se concentrar ainda mais na comunicação proativa e personalizada do cliente. Como o presente precisa chegar a tempo, os clientes devem ser atualizados sobre o status do pedido, possíveis problemas de entrega e a localização da encomenda.

Além disso, o Dia dos Namorados é a oportunidade perfeita para aproveitar ao máximo a oportunidade da venda online cruzada. Apresentar sugestões de produtos e presentes complementares pode aumentar ainda mais as vendas no varejo online.

As mensagens personalizadas são a ferramenta perfeita para implementar a venda cruzada em sua estratégia de pós-compra. Sugestões de produtos ou códigos de desconto para a próxima compra podem ser facilmente integrados a todas as mensagens de remessa, aumentando, assim, a taxa de recompra.

Oportunidade que antecede a retomada

Aqueles que ainda pensam que o Dia dos Namorados não pode ser capitalizado pelo varejo online estão errados. Presentes para entes queridos estão cada vez mais sendo encomendados na web, através de aplicativos e de última hora, e as lojas de comércio eletrônico devem aproveitar isso.

Por meio de campanha online criativa, suporte confiável e comunicação personalizada com os clientes, os varejistas online podem aumentar suas vendas no Dia dos Namorados e se preparar para o período de retomada, assim que as coisas voltarem ao normal.

Além dos impactos relacionados ao comportamento social e hábitos de trabalho, o distanciamento que foi definido como medida de proteção a Covid-19 nos mostra que o mundo pós-pandemia ainda tem muito a ensinar e que o “normal”, provavelmente, nunca mais será o mesmo.

Diante dos bloqueios e fechamento de lojas, os consumidores recorrem às compras on-line e dispositivos móveis para comprar mantimentos, necessidades diárias e outros produtos. 
 

As pesquisas recentes já revelaram que uma parcela grande de consumidores online está comprando mais digitalmente devido ao COVID-19, e alguns adotaram a prática pela primeira vez durante o surto. 
 

A pandemia de coronavírus não só está transformando a forma como os consumidores adquirem produtos, mas também como eles pagam por suas compras. Os pagamentos sem contato receberam um impulso sem precedentes durante a pandemia, vista pelos consumidores como uma maneira mais segura de adquirir produtos.
 

Os consumidores também estão experimentando novos métodos de pagamento ao comprar em sites de comércio eletrônico que favorecem os métodos que têm a proteção mais forte contra perdas por fraude.
 

A grande questão que devemos refletir neste momento é: esse crescimento se sustentará ou as coisas voltarão ao normal em um mundo pós-pandemia?
 

Em um mundo pós-pandemia, o “novo normal” deve continuar?

Tudo é diferente agora. E não se engane, nada disso é temporário. Isso significa que o comércio eletrônico e a jornada digital do cliente continuarão mudando rapidamente.
 

O Covid-19 criou um marco significativo, um marcador emocional que sempre vai nos ligar ao ano de 2020. Estar confinado e “refém” de uma pandemia está mudando mentalidades, valores, crenças, normas e comportamentos. Estamos criando novas rotinas e há uma permanência em tudo isso. Essas mudanças estabelecem as bases para o novo normal.
 

Para se ter uma ideia, 3 importantes estatísticas sobre comércio eletrônico e as mudanças no comportamento do consumidor mostram o impacto do COVID-19 no momento atual e no novo mundo pós-coronavírus:

  • 52% dos consumidores dizem que não voltam às compras na loja
     

A rápida mudança do setor de compras para pedidos on-line mudará para sempre a forma como os consumidores compram alimentos: mais da metade dos entrevistados pelo site PYMNTs.com afirmou que não voltará ao seu antigo modo de fazer compras. As compras on-line de mantimentos cresceram 400% desde o início de março. Esse é um comportamento que os consumidores pretendem manter após o COVID-19. 
 

  • 58% dos compradores online esperam encomendar mais online nos próximos meses 
     

A pesquisa feita pela Digital Commerce 360 ​​mostra que os consumidores estão comprometidos em continuar comprando on-line para reduzir sua exposição a outras pessoas em meio ao surto. 
 

  • 60% dos consumidores da UE continuarão comprando on-line no mesmo nível após o surto
     

Para os consumidores europeus, sua mudança na compra de canais digitais durante a pandemia foi rápida. Um relatório da empresa de consultoria Kantar, que pesquisou consumidores nos três maiores mercados de comércio eletrônico da Europa (França, Alemanha e Reino Unido) indica que a mudança não é temporária: 6 em 10 dos entrevistados disseram que sustentarão o uso de comércio eletrônico no nível pandêmico para realizar compras essenciais e não essenciais. 
 

  • 59% dos consumidores em todo o mundo tiveram altos níveis de interação com lojas físicas antes do COVID-19, mas, agora, apenas 24% esperam retornar a esse nível.

  • Nos próximos 6 a 9 meses, apenas 39% dos consumidores esperam um alto nível de interação com lojas físicas.

  • Antes da crise, 30% dizem ter alto nível de interação com os canais on-line, mas agora 37% se vêem sob essa luz. 
     

Já no mercado brasileiro, a pesquisa feita pela plataforma EBANX, sobre os impactos da Covid-19 no mercado de e-commerce no Brasil e as perspectivas pós-pandemia, mostra resultados que demonstram uma intenção de aumento ou manutenção dos gastos em sites internacionais.
 

  • Entre as pessoas que gastavam até R$ 30 por mês em sites internacionais antes da COVID-19, a média de gastos era de R$ 22,87. Agora, durante a pandemia, manteve-se praticamente igual, em R$ 22,57. Mas a intenção é subir para mais de R$ 26 em um mundo pós-pandemia.

  • Entre quem gastava de R$ 40 a R$ 60 por mês, a média era de pouco mais de R$ 50. Durante a pandemia, caiu para R$ 40,54. A intenção para o um mundo pós-pandemia é subir para mais de R$ 42, segundo o estudo.

  • Esse comportamento também se destaca entre os brasileiros que estão recebendo auxílios do governo atualmente: 52,4% deles preveem que vão manter ou aumentar a frequência de compra.
     

Um estudo, realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), mostrou que os brasileiros aumentaram suas compras online, passaram a usar meios digitais de pagamentos e devem continuar com esses hábitos de compra e consumo no pós-pandemia.
 

Segundo os resultados, depois de experimentar o comércio eletrônico em novas categorias, o consumidor brasileiro indica que está mudando o comportamento de consumo, com 52% dos entrevistados comprando mais em sites e aplicativos durante a quarentena e 70% que pretendem continuar consumindo mais online do que faziam antes da pandemia.
 

A resposta do mundo ao COVID-19 está tendo um efeito auxiliar no comportamento do consumidor, que dificilmente voltará ao seu estado anterior ao Coronavírus. E as empresas de comércio eletrônico que se adaptarem a essa mudança surgirão como vencedores mais tarde.
 

Insights para os negócios de hoje e de amanhã

Obviamente, nem todos os setores da indústria de comércio eletrônico desfrutam dos mesmos resultados em tempos de crises globais. De fato, luxo e turismo são as categorias que mais devem sofrer com a crise atual. 
 

As previsões da McKinsey, empresa americana de consultoria de gestão, mostram que, embora o setor de turismo e hospitalidade possa ter um reinício global apenas no final do terceiro ou quarto trimestres, outros setores, como eletrônicos de consumo, semicondutores, produtos de consumo ou automotivos, já devem se recuperar no segundo trimestre deste ano, em um cenário de mundo pós-pandemia.
 

Quando se trata de comércio eletrônico, as empresas já deveriam ter arregaçado as mangas e começar a concentrar seus esforços em aproveitar ao máximo a situação atual, se preparando para a fase após a crise global. 
 

Alguns analistas de Wall Street acreditam que as pessoas que ficam mais em casa podem, a médio prazo, realmente impulsionar o crescimento do comércio eletrônico em geral. 
 

Isto se aplica, em particular, a bens de consumo embalados, entregas de supermercado e pedidos de alimentos. Além disso, novas áreas de comércio eletrônico podem estar se abrindo, como imóveis. 
 

Na China, por exemplo, algumas empresas imobiliárias oferecem descontos em apartamentos selecionados comprados on-line, e conseguem vender milhares em uma semana.
 

Um olhar para o passado: a história nos ensina a superar crises globais

Após o surto de SARS de 2003 na Ásia, os maiores vencedores que surgiram da crise foram as empresas chinesas de comércio eletrônico, como JC.com e Alibaba. Outras lições importantes aprendidas para as empresas da época também podem ser usadas para um mundo pós-pandemia: 

  • Seja um negócio voltado para o consumidor e mantenha um senso de otimismo. A recuperação ocorrerá e as marcas precisam estar prontas para prosperar. As pessoas esperam que as marcas agreguem valor real, ajam com responsabilidade e façam a coisa certa pela comunidade, incluindo seus funcionários.

  • Adapte as comunicações ao cliente, seja autêntico, comunique a situação e os cronogramas de forma clara e realista.

  • Fique atento à mudança no comportamento do consumidor e responda às necessidades do mercado. Novas oportunidades podem surgir apenas porque as pessoas estão se acostumando a fazer compras online.

  • Redefina suas estratégias de marketing. Escolha o equilíbrio certo entre desempenho e marca, diversifique suas mensagens e aproveite os pontos fortes das principais plataformas on-line, como todos os produtos do Facebook, Twitter Ads, LinkedIn Ads.
     

Enquanto todos mudamos nossos hábitos para o on-line, como empresa, pense no que é apropriado para a sua marca comunicar neste momento e na fase do mundo pós-pandemia. Ouça o que as pessoas estão dizendo e responda
 

O Facebook, por exemplo, sugere organizar eventos online para seus consumidores e fornecer a eles listas de perguntas frequentes. Além disso, não negligencie o elemento móvel, pois a próxima década deverá ser marcada pela transformação móvel.
 

Os investimentos atuais serão recompensados ​​em mundo pós-pandemia

Nos últimos anos, a maioria das empresas não estava investindo o suficiente em seus recursos de comércio eletrônico. Essa crise está fazendo com que alguns executivos do setor reexaminem a importância do comércio eletrônico para um cenário pós-coronavírus.
 

Ainda de acordo com a McKinsey, os padrões de compra do consumidor devem evoluir após o pico do coronavírus, o que já mostra a importância de estar preparado para novo normal em uma cenário pós-pandemia.

  • As gerações mais antigas continuam comprando on-line: agora, essas pessoas estão mais confortáveis ​​com a tecnologia e têm entusiasmo por experiências positivas.

  • Os novos compradores on-line ficam mais confortáveis: não há mais barreiras de entrada, como a configuração da conta, e há um caminho conveniente para pedidos adicionais e fidelidade à marca.

  • Interesse persistente na entrega sob demanda de alimentos e mercearias: não só é preferido pelos consumidores, mas a entrega sem contato oferece aos trabalhadores segurança adicional. De fato, a entrega sob demanda de alimentos e mercearias pode ​​estar ganhando uma participação permanente no mercado nesses tempos incomuns.
     

Além disso, a pesquisa da McKinsey revelou ainda que a lealdade do consumidor está mudando. Até 18% dos consumidores mudaram de varejista ou de marca preferida durante o COVID-19. 

As principais mudanças incluem:

  • Mudança para marca da loja: 64%

  • Novo site comprado (itens não básicos): 56%

  • Novo supermercado comprado: 56%

  • Novo site comprado (itens básicos): 50%
     

A mudança para as compras online criou enormes oportunidades para os varejistas de comércio eletrônico e os serviços de logística e entrega que os atendem. No entanto, ainda não está em pé de igualdade, e um número significativo de varejistas permanece offline. 
 

Por sua vez, isso também cria oportunidades para que pequenos varejistas com presença on-line não sejam deixados para trás.
 

No curto prazo, os bancos devem reestruturar empréstimos vencidos no setor de varejo, proporcionando uma salvação para uma indústria que sofre com baixas receitas. Além disso, os funcionários podem ser reorganizados e capacitados, permitindo que setores em crescimento gerenciem o aumento da demanda e preparem os funcionários para novas funções.
 

A longo prazo, estima-se que os compradores retornem aos shoppings, embora não nos mesmos níveis de antes, com hábitos on-line se tornando mais rotineiros. 
 

Os shoppings também podem se beneficiar de certificações por autoridades relevantes de saúde, que podem garantir lugares “livres de contaminação”, que testam todos os visitantes antes de entrar. 
 

Por fim, a crescente popularidade de experiências de compras sem contato pode ser atendida com caixas automáticas e a prevenção de telas sensíveis ao toque.
 

A nova linha do tempo

Parece que a maioria dos consumidores, agora, aceitou a realidade de que o COVID-19 não causará apenas duas ou quatro semanas em casa, mas mudará seus comportamentos de alguma maneira durante quase todo o ano de 2020.
 

Nas últimas semanas, os próprios dispositivos móveis, que democratizaram o acesso ao mundo digital para os consumidores, também democratizaram a digitalização de quase todas as atividades diárias dos consumidores. 
 

A perspectiva do consumidor na jornada para o “novo normal” é principalmente o resultado dos passos tomados nas últimas semanas para viver em um mundo majoritariamente digital. As residências se tornaram o centro de comando digital – e a mudança do mundo offline para o novo digital foi dramática.
 

Para as empresas, a mensagem também é clara: pode ser necessária uma vacina e, portanto, um pouco mais de tempo, antes que a maioria das pessoas esteja disposta a voltar ao normal – e, mesmo assim, cerca da metade diz que vai ressignificar esse normal. O crescimento das vendas em 2021 pode ser uma construção longa e lenta.
 

A outra mensagem para todos é que o grande impulso que o digital obteve, e o impacto físico, provavelmente, serão permanentes.
 

A mudança para o digital aumentou em todas as categorias que podemos imaginar, principalmente porque a realidade mudou, pois levará tempo para que as empresas voltem à Internet e operem da maneira que antes. 
 

E a sua empresa, como está se preparando para o mundo pós-pandemia?