Independentemente da sua área de atuação, saber como elaborar a precificação do seu canal de vendas é fundamental. Se alguém perguntasse se os preços dos seus produtos estão corretos, você saberia responder?

Para isso, precisaria pensar em questões como a cobertura dos custos de aquisição, de logística e distribuição, impostos e encargos e a sua margem de lucro. A essa atividade, damos o nome de formação de preço de venda ou markup.
 

Existem muitas dúvidas acerca desse tema, por isso, se você quer esclarecer como fazer a precificação do seu canal de vendas, acompanhe!
 

O que é markup e como isso pode ajudar na precificação do seu canal de vendas?

Podemos definir o markup como um índice utilizado para formar preços de venda, que é aplicado sobre os produtos. Uma vez que você identifica os custos de um item, pode somar a margem de lucro.
 

Ao fazer o cálculo de precificação, é necessário incluir todas as despesas, como de logística e encargos cobrados. Tudo isso influencia no preço que é praticado para o consumidor final no canal de vendas.
 

Vale ressaltar que não é possível definir um índice ideal de markup. Isso porque ele varia de mercado para mercado, ou de acordo com o canal de vendas em que é comercializado.
 

O preço de um produto em um supermercado online pode ser diferente do encontrado em um estabelecimento físico da mesma rede. A justificativa para isso está nos custos envolvidos.
 

O supermercado online faz a entrega por delivery, e é preciso pagar os salários dos entregadores ou contratar uma empresa que faça o transporte até a casa dos clientes. Em casos de estabelecimentos que usam marketplaces, como o iFood, também é preciso somar a necessidade de pagar as taxas cobradas pelo aplicativo.
 

Tendo o conhecimento de todos esses valores envolvidos, fazer a precificação ideal para cada canal fica mais fácil. Assim, os preços podem ser criados estrategicamente, para que sejam atrativos para os clientes, ao mesmo passo em que tragam lucros para quem está vendendo. 
 

Ao elaborar o cálculo de preço, utilizando o markup, é interessante lembrar que ele varia de produto para produto. Mais adiante explicaremos o passo a passo para que você utilize esse método no seu negócio.
 

Como fazer a precificação, passo a passo?

Para que você entenda como fazer a precificação de produtos em diferentes canais de vendas, uma boa metodologia é a chamada 5 Cs. Nesse método, você deve considerar cinco fatores, que iniciam com a letra C, em inglês. 
 

Veja, a seguir, o passo a passo!
 

Company objectives (objetivos da empresa)

Entende-se que a precificação deve servir como um meio para que as empresas atinjam os seus objetivos. Assim, os preços podem variar, de acordo com a meta que pretende ser alcançada em determinado período.
 

Imagine, por exemplo, um e-commerce de roupas, com uma grande quantidade de estoque de peças de inverno, mas com o verão se aproximando. No próximo ano, novas coleções serão lançadas e ninguém mais terá interesse por algo fora de moda.
 

Nesse caso, o objetivo da empresa é “queimar” o estoque, eliminar o que está parado para abrir espaço para novas coleções e, assim, ter mais lucro. Como se deseja vender mais, a redução de preços é necessária. O e-commerce pode fazer uma grande promoção para comercializar rapidamente tudo o que está encalhado.
 

Agora, se o objetivo da empresa é mudar de público e atingir consumidores da alta sociedade, por exemplo, talvez seja necessário melhorar o produto e aumentar o preço. Muitas marcas conseguem cobrar mais somente por uma questão de branding e status social que adquirem.
 

Viu como o preço pode variar de acordo com as metas de cada empresa? É por isso que você precisa ter claro o que o seu negócio precisa alcançar. A precificação está diretamente ligada ao planejamento estratégico, justamente por isso. Interessante, não é mesmo? Isso apenas demonstra como todas as áreas da empresa são interligadas e contribuem uma com as outras.
 

Customers (clientes)

O comportamento dos clientes, bem como o cenário em que eles estão inseridos, também impactam na formação de preços. É assim que ocorre a conhecida Lei da Oferta e Procura, ou seja, se a busca por um item é muito grande, ele se torna escasso no mercado e o preço tende a ser elevado.
 

Exemplo disso pode ser observado no início da pandemia do novo coronavírus. Itens de higiene, como o álcool em gel, tiveram muita procura assim que a calamidade pública foi anunciada. Logo, o preço desse produto disparou, já que os supermercados e farmácias tinham poucas unidades em estoque para vender ao público.
 

Com o avanço da pandemia, as indústrias do segmento intensificaram a produção do álcool em gel. Com a distribuição equilibrada, os estoques dos estabelecimentos se estabilizaram e o preço voltou a manter um padrão.
 

A mesma situação pode acontecer em outros momentos. Os supermercados, por exemplo, que trabalham com a venda de frutas e verduras, podem aumentar ou diminuir os preços conforme a estação do ano. 
 

Quando é época de maçã, a fruta costuma ser mais barata, já que a oferta é muito grande e se trata de um produto perecível. Agora, nas estações do ano em que a colheita é diminuída, o preço costuma ficar mais caro para o consumidor, pois há muitas unidades desse item disponíveis para serem comercializadas. Trata-se de algo, portanto, que está muito relacionado a fatores externos.
 

Costs (custos)

Para definir os custos que você tem ao comercializar um produto, é preciso fazer o cálculo  de markup. Aqui, é preciso considerar todas as despesas fixas e variáveis que os canais de venda têm.
 

Elas são as que existem todos os meses, como o pagamento dos funcionários, o aluguel dos galpões de armazenagem, a conta de energia elétrica etc. Já as variáveis são as que acontecem esporadicamente, como a substituição de um equipamento da empresa que estragou, por exemplo.
 

Quem atua na revenda de produtos, como é o caso da maioria dos e-commerces, também precisa considerar o valor que paga por cada item ao fazer a precificação para o consumidor final.
 

A fórmula matemática para calcular o markup é a seguinte:
 

MARKUP = 100 / [100 – (DESPESAS VARIÁVEIS + DESPESAS FIXAS + MARGEM DE LUCRO)]
 

Com o resultado do markup em mãos, você precisa calcular o preço de venda. Para isso, outra fórmula deve ser aplicada, que é:
 

PREÇO DE VENDA = CUSTO DO PRODUTO X MARKUP
 

Agora, vamos para um exemplo prático! Imagine que o valor pago por um produto vendido no seu e-commerce é de R$ 315. Você deseja ter 10% de lucro em cima do que pagou, as despesas fixas representam 12% do custo e as variáveis 13%.
 

A primeira coisa que deve ser feita é o cálculo do markup. Logo, a aplicação na fórmula ficaria:

MARKUP = 100 / [100 – (13 + 12 + 10)]

MARKUP = 100 / [100 – 35]

MARKUP = 100 / 65

MARKUP = 1,5338
 

Conhecendo o markup do produto, agora, é preciso desenvolver a outra fórmula, da precificação:

PREÇO DE VENDA = 100 x 1,5338

PREÇO DE VENDA = 153,33
 

Pronto, agora você já sabe que o preço de venda ideal para esse produto é de R$ 153,33. Assim, você poderá cobrir os custos e ter a margem de lucro desejada.
 

Competition (Competição)

A competição no mercado também é um fator que pode influenciar na precificação de produtos. Isso porque os consumidores fazem comparações para saber em qual empresa o preço é mais baixo, e isso influencia muito na decisão de compra.
 

Vamos imaginar um e-commerce de eletrônicos que vende um smartphone por R$ 1000. Em um concorrente, o mesmo aparelho está custando R$ 950. Para o cliente, será mais vantajoso comprar no local mais barato, já que se trata do mesmo produto, com as mesmas configurações e nas mesmas condições.
 

Logo, a loja que está vendendo o celular por R$ 1000, poderá perder muitos clientes para a que pratica um preço menor. Por isso, talvez seja necessário reduzir a margem de lucro, para ter um preço mais competitivo e não perder toda a clientela.
 

Channel members (cadeia de valor)

Dá-se o nome de cadeia de valor ao conjunto de atividades que é realizada para que os produtos tenham valor para os seus clientes. De acordo com essa teoria, a precificação das mercadorias varia de acordo com a forma com que as ações são executadas pela empresa.
 

Trata-se, portanto, de um conceito que se aplica muito quando falamos em precificação em diferentes canais de vendas. Pense, por exemplo, em um atacadão de alimentos. Por comprar em grandes quantidades, esse estabelecimento pode negociar preços mais baixos com os fabricantes. Logo, o valor cobrado dos clientes é menor.
 

Um supermercado online, no entanto, pode comprar os itens para revenda no atacadão, e não diretamente com a fábrica. Logo, o preço repassado aos clientes precisará ser maior, para que se possa ter lucro.
 

Quais as diferenças de preço entre os canais?

A diferença de preço entre os canais de venda está justamente no cálculo do markup e variáveis como a cadeia de produção, que explicamos anteriormente.
 

Uma loja física, por exemplo, não precisa cobrar o valor da entrega para o cliente. Logo, o preço pode ser mais baixo que no e-commerce do estabelecimento. Esse é apenas um exemplo, e outras variáveis devem ser consideradas.
 

Qual o preço ideal para cada canal? E como montar uma estratégia de diferenciação?

Não existe um preço ideal para cada canal, uma vez que isso depende de uma série de fatores.
 

No entanto, podem ser realizadas estratégias para que os valores se diferenciem ou sejam os mesmos em diferentes canais, de acordo com os objetivos da empresa.
 

Se um supermercado físico quiser aumentar a sua atuação online e vender mais via e-commerce, por exemplo, pode baixar os preços da loja virtual. Para isso, precisa desenvolver ações estratégicas.
 

Para atender virtualmente, não é necessário ter tantos colaboradores, por exemplo, tendo em vista que não é preciso o trabalho do operador de caixa, do pessoal da faxina e da segurança, entre outros recursos humanos necessários no estabelecimento físico.
 

Logo, o valor extra que o supermercado tem no delivery pode ser abatido no corte de gastos com pessoal. Isso faz com que os preços não sejam tão desiguais, ou até mesmo sejam mais baratos na loja virtual.
 

As operações realizadas para diferenciar preços entre canais de vendas, ter um valor atrativo para os consumidores e obter lucro são puramente matemáticas. Não existe mágica! Você precisa tirar de um lugar para colocar em outro, e ir fazendo uma combinação que seja benéfica para ambas as partes.
 

É esse o segredo para formular preços atrativos e conquistar os clientes para os mais variados canais que o seu negócio possa ter. As formas de pagamento também precisam ser diversas. A ideia é que se possa oferecer mais comodidade para os clientes.
 

Agora, é só colocar esses processos em prática para ser mais competitivo, sem deixar de ter uma boa margem de lucro para o negócio.
 

Aproveite e confira se é mais vantajoso expandir a atuação física ou investir em e-commerce. Certamente, será uma leitura muito interessante para você!

 

O novo coronavírus causou impactos profundos no Brasil e no restante do mundo. Após as ações emergenciais para conter os danos da pandemia, também surge a preocupação com a retomada do crescimento econômico do país – e o e-commerce pode ser uma peça importante neste momento.

Com a necessidade de isolamento social, as empresas precisaram mudar seus modelos de negócio e o consumidor passou a consumir mais por meio da internet. Neste cenário, as vendas online ganharam mais importância para manter a economia circulando e promover o crescimento econômico. E essa é uma tendência que deve continuar após o fim deste período de crise.
 

Quer entender melhor como o e-commerce é uma peça importante para o crescimento econômico do Brasil? Então confira neste artigo.
 

A força do e-commerce brasileiro para o crescimento econômico

O e-commerce é um modelo de negócio que já vinha ganhando força ao longo dos últimos anos. Com toda a comodidade de fazer compras pela internet, o número de consumidores que opta por acessar as lojas virtuais em vez de ir às lojas físicas é cada vez maior. Ou seja, a exigência de isolamento social apenas acelerou esse processo de expansão as vendas pela internet.
 

Segundo dados da 41ª edição do Webshoppers, um relatório sobre e-commerce elaborado semestralmente pela Ebit|Nielsen em parceria com a Elo, o e-commerce brasileiro ultrapassou a marca de R$ 60 bilhões em faturamento e atingiu 148 milhões de pedidos em 2020.
 

Além disso, o resultado do faturamento nos quatro primeiros meses deste ano somou R$22,9 bilhões (De 1º de janeiro até 30 de abril de 2020), 32% do resultado de todo 2019. Trata-se de um dado que demonstra que o ambiente online realmente caiu no gosto do brasileiro, mesmo em meio à pandemia da Covid-19 – além de servir como indicador de uma boa força para contribuir com o crescimento econômico do país.
 

Em 2019 o faturamento do e-commerce brasileiro cresceu 16,3 – alcançando R$ 61,9 bilhões. Isso foi impulsionado pelo aumento de 21% no número de pedidos, alcançando 148 milhões de compras online, frente a 123 milhões em 2018.
 

Com os brasileiros mais conectados em seus computadores, tablets ou celulares, a compra online tornou-se algo quase natural. E após essa experiência necessária por conta da pandemia do novo coronavírus, o número de pessoas que optam pelos e-commerces deve ser cada vez maior. Portanto, o crescimento econômico gerado por essas movimentações pode ser bastante expressivo.

 

Desempenho do e-commerce em tempos de crise

Acabamos de ver como o desempenho do e-commerce cresceu neste período de crise – contribuindo para o crescimento econômico.
 

E os dados da 41ª edição do Webshoppers tornam isso ainda mais evidente: entre os dias 17 de março e 27 de abril de 2020, etapa com restrições de circulação, o comércio online brasileiro chegou a R$ 8,4 bilhões em faturamento, variação de 48,3% sobre o período de 19 de março a 29 de abril de 2019 (R$ 5,7 bilhões).
 

Esse crescimento do comércio online ocorreu em todas as regiões brasileiras no período, com maior contribuição do Nordeste, Sudeste e Sul, em função da sua importância para o e-commerce.

 

Confira neste MáximaCast um bate papo com especialistas em estratégias de vendas online, analisando esse cenário de oportunidade em meio ao surto do coronavírus:

O papel do e-commerce para o crescimento econômico do Brasil

Com os ótimos resultados das vendas online, o e-commerce vem se mostrando uma força aliviar os impactos da crise e reestabelecer o crescimento econômico. Esse canal de venda está se tornando a saída para manter empregos, faturamento e gerar riqueza para o a economia nacional.
 

E essa não é uma particularidade do Brasil. Em outros países esse fenômeno de fortalecimento do crescimento econômico pode ser observado: nos Estados Unidos, com ajuda do e-commerce, o país apresenta um desempenho econômico impressionante, particularmente em termos de crescimento da produtividade. Já na Índia, o país tem uma tremenda oportunidade de crescimento econômico à medida que a penetração do varejo eletrônico e a internet cresce com o passar dos anos.
 

Os benefícios de fazer compras online já estão evidentes há muitos anos, mas essa aceleração no crescimento pode ser atribuída ao avanço da tecnologia – que torna a experiência do consumidor cada vez melhor – seja com a facilidade em realizar pedidos, marketing menos agressivo, entrega rápida ou preços atrativos.
 

Além disso, especialistas apontam que o e-commerce é um sistema de negócios que produz eficiência, reduz custos, amplia a produtividade, otimiza investimentos e promove a gestão estratégica dos processos de forma inteligente – gerando sustentabilidade em longo prazo. E essas são todas ótimas características para promover o crescimento econômico.
 

Como manter bons resultados de vendas em momentos de crise?

Tirando os casos óbvios de sucesso, como os supermercados, farmácias e outros setores de necessidades básicas, houve muitos casos de aumento nas vendas no e-commerce brasileiro. Enquanto outros setores enfrentam dificuldades, praticamente todos os segmentos online estão conseguindo ótimos resultados durante a crise – fomentando o crescimento econômico.
 

Já vimos que o e-commerce é uma peça importante para o crescimento econômico do país. Mas como você pode agir para promover o crescimento do seu próprio negócio neste mundo de vendas online? Separamos algumas dicas que podem ajudá-lo a vender em momentos de crise:
 

Mantenha seus clientes atualizados

Por mais que o cenário seja muito incerto, os clientes ainda devem entender o que há de mais recente em seus negócios. Especialmente quando afeta a experiência do consumidor – seja positivamente ou negativamente.
 

Atualmente, a entrega para algumas regiões impossível? Deixe claro para seus clientes que moram nestes lugares. Ou, então, você está oferecendo frete grátis para compras de produtos essenciais? Garanta que os clientes fiquem sabendo da novidade. Se os clientes se sentirem bem informados e confiantes, são maiores as chances de que continuem comprando de você.
 

Adapte-se ao momento

A pandemia do novo coronavírus trouxe um contexto único para as pessoas. Todos nós ainda estamos buscando se adaptar à necessidade de distanciamento social e realizar todas as necessidades sem sair de casa.
 

Neste contexto, o e-commerce tem muito a oferecer. Adaptar-se ao momento com agilidade pode se tornar um grande diferencial. Veja algumas ideias:

  • Muitas empresas estão oferecendo frete grátis ou outras condições benéficas para pessoas do grupo de risco ou para a compra de produtos essenciais. Essa é uma boa forma de demonstrar empatia e aumentar a confiança do consumidor em sua marca.

  • Procure reformular suas ações de marketing e a comunicação com o consumidor para o momento atual. As ações que você vinha executando podem esperar até este momento de crise passar.

  • É possível adicionar informações adicionais aos pedidos dos clientes durante o processo de checkout. Marque isso como um campo-chave no momento, para que os clientes possam fornecer informações importantes com facilidade – como instruções para deixar as encomendas em segurança sem a necessidade de contato físico.

  • Deixe claro que existe a opção de envio de presentes para outras pessoas em aniversários e ocasiões especiais. Assim, os consumidores não precisam sair de casa para surpreender seus amigos e familiares.
     

Continue focando nas datas comemorativas

Por mais desafiadora que seja a situação de pandemia, grande parte das pessoas não abrem mão de comemorar as datas especiais – seja aniversários ou outras datas festivas.
 

Se o isolamento aumentar ou prevalecer, as compras online podem se tornar a maneira mais segura e confiável de trocar presentes ou adquirir bens e serviços. Com isso em mente, mantenha seu calendário de marketing e continue trabalhando na comunicação constante com o seu cliente. Invariavelmente haverá altos e baixos, mas sempre haverá uma demanda por sua oferta.
 

Seja sensível

Este é obviamente um momento muito difícil para pessoas de todo o Brasil. Por isso, é preciso manter a sensibilidade em primeiro lugar – tanto para manter o cliente satisfeito quanto para gerar boas oportunidades de venda. Afaste-se de promoções agressivas e insensíveis. Ninguém quer receber ofertas com cupons no estilo “obtenha 20% com o código Corona20”
 

Esteja atento às dificuldades que as pessoas estão enfrentando. Concentre-se na força de seus produtos e níveis de serviço e garanta que todas as promoções sejam de bom gosto e adequadas.
 

Esteja ciente dos custos – mesmo com o crescimento econômico

Há uma possibilidade muito real de que os clientes estejam navegando tanto ou mais do que nunca. Isso significa que as vendas podem aumentar – mas também que os indicadores que você costuma acompanhar podem sofrer variações consideráveis. Um ótimo exemplo disso é uma queda na taxa de conversão de seus anúncios online – afinal, há um número maior de pessoas acessando diversas lojas online.
 

Além disso, é preciso ficar de olho nos custos que podem surgir neste momento – não apenas com publicidade online, mas também com a reposição de estoques e logística.
 

Inspire confiança

Este é um momento incerto, e os clientes podem relutar em fazer pedidos de itens não essenciais. Portanto, nunca foi tão importante usar mensagens de confiança e configurar seu site de maneira a transmitir confiança de que suas compras serão livres de estresse e seguras.
 

Seja claro e conciso. Concentre-se em minimizar a desinformação e manter tudo atualizado. Não tenha medo de vender os benefícios da sua empresa. Esses benefícios não são menos valiosos hoje do que no ano passado.
 

Facilite para seus clientes

O 41º Webshoppers identificou que o crescimento dos pedidos com frete grátis auxiliou na melhora de desempenho dos canais. As compras online, sem pagamento de frete, representaram 48% do total em 2019, com um aumento de 28% nos pedidos desse tipo. Já o frete pago teve expansão de 15%.
 

Esse é um ótimo exemplo de como facilitar a vida de seus clientes pode ser um diferencial para fechar mais vendas. Veja algumas opções que seriam apreciadas calorosamente neste momento desafiador:

  • Entrega gratuita. Conforme acabamos de destacar, o frete grátis realmente atrai o consumidor brasileiro. Portanto, pode ser uma boa ideia remover a barreira de conversão dos custos de envio. Mesmo que seja frete grátis acima de um certo limite ou apenas para alguns produtos, verifique se isso é claramente comunicado no site.

  • Devoluções gratuitas. Isso dará mais confiança ao cliente em sua marca e o conhecimento de que eles podem devolver facilmente seus pedidos sem incorrer em taxas ajudará a imitar a experiência do varejo físico a curto prazo.

  • Políticas de devoluções estendidas. Dificilmente essa medida acarretará em uma taxa de retorno mais alta. Trata-se de uma estratégia para promover conforto, sabendo que os clientes têm mais tempo para devolver os pedidos, caso realmente precisem.

  • Pagamentos sem juros e flexíveis. A renda disponível pode diminuir para algumas pessoas no curto prazo. Ter opções de pagamento flexíveis ajudará os clientes a distribuir os custos e equilibrar um pouco as finanças nesse meio tempo.
     

É importante lembrar: todos esses mecanismos farão a diferença, mas perderão seu efeito se você não comunicar claramente ao público. Se o seu negócio online oferecer condições únicas como essas, é essencial que elas realmente cheguem ao conhecimento do cliente.
 

Permaneça conectado

Muitos compradores desfrutam do toque pessoal que uma loja física pode oferecer: excelente serviço ao cliente, conselhos perspicazes e alguém que se importa. Na ausência do varejo tradicional, é importante tentar oferecer isso online. Não se posicione como um site sem rosto, onde é impossível acessar alguém. Prove que você está aberto para negócios e pronto para ajudar.
 

Veja algumas ideias para colocar isso em prática:

  • Ative bate-papo ao vivo e televendas. Mesmo enquanto estiver trabalhando remotamente, é preciso garantir que os usuários possam entrar em contato por meio de bate-papo ou telefone. Isso ajudará os clientes a tomar decisões e fornecer garantias sobre os principais problemas.

  • Facilite o contato. Torne os números de contato locais claros no site e destaque em banners a capacidade de comprar e realizar transações por telefone. Isso é particularmente importante se você tiver uma base de clientes mais antiga.

  • Entre em contato. Você pode experimentar um grande volume de contatos de clientes por meio de formulários ou e-mails. Trate-os como uma alta prioridade. São clientes engajados que compraram ou estão à beira da compra. Certifique-se de aliviar as preocupações e responder às perguntas o mais rápido possível.
     

Todos os métodos acima permitem que você se conecte aos seus clientes. Nestes tempos potencialmente isolados, uma experiência calorosa e amigável de atendimento ao cliente pode realmente melhorar o dia de alguém. Tente dar o seu máximo para que isso aconteça e isso pode gerar uma lealdade do cliente que pode durar a vida toda.

 

Você já conhecia a importância do e-commerce para o crescimento econômico? Como o seu negócio está agindo neste momento desafiador? Deixe o seu comentário.

Uma das principais noticias em todo mundo atualmente é a pandemia de coronavírus e seus impactos na sociedade. Apesar de todas as ações realizadas para minimizar seus efeitos e a criatividade utilizada para se adequar a nova realidade, o Covid-19 está afetando todos os tipos de indústrias.

 

O mercado de ações entrou em uma nova onda de volatilidade, eventos importantes de negócios foram cancelados ou adiados, restrições de viagens além-fronteiras estão complicando ou cancelando os planos das pessoas, e vários países foram fechados por causa do coronavírus.

Em tempos de crise, quando as notícias são cheias de manchetes chocantes e difíceis, é importante manter a calma e lembrar que ainda existem coisas que podemos controlar e muitas maneiras de fazer a diferença com criatividade.

Assim como todos nós estamos aprendendo a lidar com o vírus na vida cotidiana, tomando precauções adicionais, como lavar as mãos com frequência, desinfetar superfícies frequentemente tocadas, existem estratégias associadas à criatividade que as equipes de vendas devem empregar para lidar com o impacto comercial do Covid-19 nos negócios.

Criatividade deve ser a palavra-chave para quem busca manter a empresa viva

Aqui estão algumas estratégias criativas que as equipes de vendas devem usar para garantir que seus pipelines de vendas funcionem corretamente.

  1. Use seu “estoque” de novos negócios neste momento

Assim como estocar suprimentos que você acha que sua casa pode precisar em caso de quarentena, você também precisa “estocar” as perspectivas de vendas.

É preciso ousadia. Dedique tempo extra, esforço, recursos e criatividade para prospecção e geração de leads neste momento, mesmo se você estiver ocupado. Não importa se você não estiver em um setor que tenha sido diretamente impactado pelo coronavírus até agora: existe a possibilidade de que esse surto possa levar a impactos econômicos mais amplos e graves.

Sua empresa será bem-servida por ter uma reserva de clientes em potencial para trabalhar ao longo prazo. Mesmo que o coronavírus acabe sendo um pânico em curto prazo, ou se for pior do que o esperado e a economia se mantenha em recessão, nunca é uma má ideia investir em um canal bem abastecido de perspectivas de vendas.

  1. Adapte seus produtos e serviços visando resolver as preocupações do coronavírus

Dependendo dos tipos de soluções que você vende, seja ela B2B ou B2C, é possível que seus clientes em potencial já tenham problemas e preocupações significativas sobre o coronavírus.

Passe algum tempo repensando e mudando o ângulo sobre quais são os principais benefícios de seus produtos e serviços, de uma maneira que seja relevante para as preocupações sobre o coronavírus.

Existe um argumento de vendas relevante que pode ser utilizado em seus produtos e serviços que possa ajudar seus clientes a se adaptarem ao coronavírus ou benefícios para ajudá-los a superar a crise?

Por exemplo, muitas empresas já estão anunciando uma mudança agressiva em direção ao trabalho remoto, e incentivando as pessoas a trabalhar em casa.

Se você vender soluções em nuvem, concentre novamente seus esforços de marketing e inovação para vender acesso remoto a empresas que podem manter seus escritórios funcionando, com funcionários trabalhando em casa.

Além disso, outras empresas estão tendo que cancelar os planos de viagem, pois grandes conferências e feiras do setor estão sendo adiadas ou canceladas.

Se você vende uma plataforma de eventos virtual ou um software de colaboração, essa pode ser uma ótima chance de mostrar aos seus clientes em potencial o valor de poder ter suas conversas comerciais mais importantes on-line, mesmo que as reuniões da vida real não sejam possíveis no momento.

Os mesmos pontos de venda do seu produto que já eram relevantes antes do coronavírus ainda podem funcionar, mas talvez você precise ajustar um pouco o seu discurso de vendas para enquadrar suas soluções para as preocupações mais urgentes das pessoas.

Seus clientes potenciais podem estar lidando com vários pontos problemáticos do coronavírus, como:

  • Possíveis interrupções relacionadas aos coronavírus em seus negócios.

  • Adaptação a novas restrições de viagem ou desligamentos relacionados ao coronavírus em sua cadeia de suprimentos.

  • Como colaborar com trabalhadores remotos de novas maneiras.

  • Aprimorar a segurança na nuvem ou o seguro comercial para lidar com possíveis ameaças emergentes.

Algum desses pontos problemáticos lhe parece familiar, com base em seus clientes e na indústria? Nesse caso, adapte com ousadia e criatividade esses ângulos ao seu discurso de vendas.

Todos esses pontos são possíveis para mostrar como suas soluções podem ajudar, durante os períodos de coronavírus e quando a vida voltar ao normal, basta investir na criatividade.

  1. Use a criatividade e crie novas apresentações de vendas

Como vimos, o coronavírus está forçando muitas empresas a reduzirem viagens e reuniões pessoais. Isso significa que as apresentações baseadas na Web são mais importantes do que nunca.

Use a criatividade e comece a reformular seu discurso de vendas em uma apresentação virtual completa. Esteja preparado para fazer mais do seu discurso na Web.

Isso pode exigir uma alteração no seu processo de vendas. Talvez você esteja acostumado a fazer uma ligação inicial do tipo descoberta como estágio um do seu ciclo de vendas e, em seguida, o próximo contato seria uma reunião presencial – e você deve rever esse estágio.

Portanto, esteja pronto para usar a criatividade e manter suas vendas avançando, fazendo coisas que você nunca imaginou ser possível. A exemplo de:

  • Levar seu cliente a um passeio virtual pela fábrica, usando o FaceTime ou aplicativos de conferência móvel.

  • Fazer uma demonstração detalhada do produto que inclua sua equipe técnica – que, normalmente, não se envolve até mais tarde na venda.

  • Enviar ao seu cliente um vídeo do YouTube do seu produto ou solução em ação, e falando através da conferência na Web enquanto assistem ao vídeo juntos.

  • Pensar criativamente. Usar várias ferramentas de colaboração e procurar aplicativos de comunicação para conversar com seus clientes.

  1. Não entre em pânico, não pare de vender

Evite pânico. E pare de assumir que o céu está caindo. Continue vendendo e prospectando. Muitas pessoas, agora, parecem à beira do pânico com o coronavírus, e algumas dores econômicas serão sentidas no curto prazo. Mas acredite sempre que vamos superar essa crise de saúde pública.

É claro que é preciso internalizar que a vida pode não voltar totalmente ao normal imediatamente. Portanto, procure maneiras de se adaptar e continuar fazendo negócios.

As vendas podem ficar paradas por um certo tempo, mas certifique-se de manter o contato com os clientes sempre aquecidos. E continue acompanhando seus leads.

 

Oportunidades em tempo de crise

Fazendo uma retrospectiva da história, ela nos mostra que crises e ameaças extremas podem ser úteis para direcionar indivíduos a novos caminhos, um país e até o mundo para uma solução.

Certa vez, o Presidente americano John F. Kennedy sugeriu que das crises podem surgir novas e incríveis oportunidades, principalmente se abordagens e paradigmas tradicionais forem questionados e desafiados.

Durante uma crise, os incentivos e motivações mudam, potencialmente levando a novos comportamentos cooperativos e até à criação de novos sistemas ou estruturas.

Tire benefícios de crises passadas

O passado nos revela várias maneiras pelas quais as crises ofereceram benefícios inesperados para sociedades e países, empresas e negócios.  “A necessidade é a mãe da invenção” e, muitas vezes, uma crise atua como um gatilho para inovação, levando a rápidos avanços em tecnologia, política e novos negócios.

Vemos exemplos em toda parte: um gasoduto explode, destruindo um bairro inteiro; um escândalo de corrupção derruba um líder corporativo; uma violação de dados abala a confiança do cliente; questões de qualidade dão origem a um recall maciço de produtos. Estes são apenas alguns exemplos entre muitos que mostram porque as empresas precisam de planos de gerenciamento de crises.

  • LG Electronics

Todas as empresas – e não apenas a LG – foram afetadas negativamente pela crise financeira asiática de 1997: O fraco desempenho de muitas empresas globais no último trimestre de 2008 foi um alerta para tomar ações drásticas, não apenas seguras.

No final de 2008, a LG Electronics estabeleceu uma Sala de Guerra de Crise (CWR) para reunir as cinco unidades de negócios da LG, oito sedes regionais e executivos para implementar e gerenciar o agressivo plano de negócios da empresa.

Em apenas três curtos meses, a CWR – com a colaboração de cada uma das unidades de negócios e divisões da empresa, como gerenciamento da cadeia de suprimentos, marketing, compras, recursos humanos e finanças – identificou e desenvolveu 11 itens de ação principais.

As unidades de negócios foram instruídas a estabelecer equipes de força-tarefa para assumir a responsabilidade de gerenciar as iniciativas de economia de custos.

  • FedEx

Quando a Opep quadruplicou seus preços do petróleo no início dos anos 70, os EUA atingiram um período de recessão, estagnação e alto desemprego. A FedEx, fundada em 1971, começou a enviar pacotes em 1973, assim que o embargo ao petróleo começou.

Os dois anos seguintes quase destruíram a empresa: Fred Smith, o fundador, faturou a maior parte dos US$ 84 milhões que havia levantado, apesar de estar cumprindo a missão da empresa, de entregar documentos da noite para o dia. Mas fazer isso significava ampliar gastos com o aumento dos custos de combustível.

O compromisso do fundador com sua missão manteve a empresa à tona, assim como uma campanha publicitária inovadora que convenceu os clientes de que seu serviço era uma necessidade. Seus esforços foram recompensados: em 1980, os lucros atingiram US$ 38,7 milhões.

  • Serco

Serco foi o “rei da terceirização” nos Estados Unidos durante muitos anos. No auge, a empresa estava ganhando metade de todos os contratos governamentais. Ela administrava um quinto das prisões americanas e até ogivas nucleares.

Então, veio o baque. Acusações de fraude em um contrato de prisão foram tornadas públicas. A proibição bloqueou a licitação da Serco para novos contratos, então, a empresa tomou uma ação radical: a gerência sênior foi trocada.

Os contratos foram examinados quanto a cláusulas problemáticas e uma nova modelagem de risco foi introduzida. A Serco não mais ofereceria seus serviços por todos os contratos no mercado. O resultado? Uma organização mais enxuta e mais justa, com um preço estável das ações.

Fazendo as coisas certas

No mundo dos negócios, desafios podem surgir diariamente, seja tentando satisfazer os investidores e atender a folha de pagamento, lidando com complicações inesperadas ou usando a criatividade para entregar um novo produto ou serviço ao mercado.

Nem todo mundo está preparado para o trabalho de navegar em águas tão tempestuosas, mas aqueles que conseguem transformar em vantagem o que parece ser um fluxo interminável de crises com criatividade, geralmente, surgem mais fortes e conseguem mais.

Transformar a crise em oportunidade pode resultar em crescimento e sucesso fundamentais a longo prazo.

De acordo com a empresa de serviços profissionais EY, trata-se de garantir que os objetivos de negócios e o gerenciamento de riscos estejam alinhados. Ele cita um estudo em que 97% das empresas disseram ter desenvolvido e melhorado como resultado de um melhor alinhamento dos níveis de risco com possíveis recompensas.

É importante, desde o início, compreender a profundidade de uma crise e como superar os obstáculos que a vida parece estar colocando no seu caminho. Melhorar a si mesmo ou a sua empresa requer aceitação de risco e vontade de mudar o curso dos eventos.

Canalizando o risco para crescer

Em vez de reagir com negatividade e reclamações, os indivíduos devem aproveitar a oportunidade de aprender e superar com criatividade as dificuldades que uma crise apresenta.

Considere, por exemplo, que empresas de sucesso como Microsoft e LinkedIn foram fundadas em tempos de crise econômica. Portanto, em vez de deixar sua percepção dos eventos obscurecer seu julgamento, permita que seja a fonte de motivação para lutar contra a corrente.

Ao aceitar a situação como ela é e ter a solução, você poderá controlar o resultado com mais eficiência. Os clientes também tendem a se sentir mais conectados com empresas que exibem uma abordagem com criatividade, e mais desejável além do interesse próprio. Quando as pessoas identificam um esforço extra para fazer o que é melhor, as empresas realizam mais a longo prazo.

Preparando-se para as próximas crises

Tudo se resume a pensar de maneira diferente e com criatividade para transformar sua mentalidade e superar o que você acha impossível. Nem toda crise será a mesma.

O que você precisa fazer é simplesmente reconhecer a crise pelo que é e concentrar toda a sua energia em acertar os ponteiros. Quando o público estiver ciente de que você ou sua organização resolveram o problema em questão, ele vai permanecer.

Mesmo quando você tem um plano de negócios “perfeito”, uma crise ainda pode acontecer. No final do dia, as empresas são compostas por humanos, que cometem erros. Ser capaz de responder e emergir com criatividade e mais forte do que era antes é o que o diferencia do resto – e principalmente dos concorrentes.

E você, como está lidando com esse período de crise? Está pensando fora da caixa?

Em grande parte dos países onde o novo Coronavírus (COVID-19) está causando impacto, medidas de isolamento e distanciamento social estão sendo implementadas. 
 

Trabalhadores em alguns países, a exemplo do Brasil, foram solicitados a trabalhar em casa, as cidades, em casos mais extremos, como as da China e Itália, foram isoladas, além de escolas sendo fechadas ao redor do mundo. Como medida preventiva, as pessoas estão sendo orientadas a ficar em casa e evitar lugares públicos e lotados.
 

Para se ter uma ideia, de acordo com uma pesquisa feita pela empresa de pesquisa de mercado YouGov, de março de 2020, 85% dos usuários de internet na China e 83% em Hong Kong disseram ter evitado lugares públicos lotados nas últimas duas semanas em virtude do novo coronavírus. 
 

Além disso, a pesquisa feita pela americana Coresight Research, de fevereiro de 2020, mostrou que 27,5% dos internautas dos EUA estavam evitando locais públicos. Ela também indicou que 58% o faria se o surto de coronavírus piorasse nos EUA. Esperava-se que os shopping centers fossem os locais mais evitados, mais da metade dos entrevistados disse que também evitaria as lojas em geral.
 

Antes uma escolha, o coronavírus impôs em definitivo as compras online como um novo hábito

A pesquisa feita Coresight Research aponta que 8 em cada 10 entrevistados (85,6%) com 60 anos ou mais disseram que, provavelmente, evitariam shopping centers e lojas tradicionais. 
 

De fato, esse resultado não surpreende, já que o coronavírus atingiu fortemente as pessoas mais velhas, impondo como uma consequência não intencional mudanças em seus hábitos de compra.
 

Como os indivíduos mais velhos são os mais afetados pelo novo coronavírus, é mais provável que eles alterem seu comportamento. Isso significa uma maior adoção do comércio eletrônico, área em que eles são considerados como “retardatários”. 
 

“Prefiro não comprar a comprar on-line”

Pessoas cuja atitude tem sido “prefiro não comprar a comprar on-line”, agora, podem repensar esse conceito se entenderem que vão a lojas lotadas e com grande potencial de contaminação.
 

E essa mudança já pode ser vista. A atividade de comércio eletrônico, particularmente relacionada aos setores de saúde e mercearia, está crescendo nos EUA em geral. 
 

De acordo com dados do Pacvue, fornecedor de tecnologia de anúncios para comércio eletrônico, houve um aumento considerável nas pesquisas na Amazon por produtos como desinfetante para as mãos e sabão antibacteriano. 
 

Além disso, os consumidores digitais tradicionais também estão dispostos a consumir os produtos que precisam mesmo com períodos de entrega mais longas, a fim de evitar ir às lojas e correr qualquer tipo de risco em relação à contaminação com o coronavírus.
 

Apesar do cenário crítico e preocupante, a mudança no hábito de compra está provando ser um benefício e um desafio para varejistas e atacadistas. É provável que o aumento de compras online movimente ainda mais o mercado e consolide o comércio eletrônico como um dos alicerces da economia mundial nos próximos anos. 
 

As vendas online se multiplicam e aplicativos de entrega inovam

Os consumidores domésticos brasileiros, da mesma forma que ocorreu na China, devem recorrer às compras online para o fornecimento diário de alimentos e outros produtos de consumo individual. 
 

Segundo o varejista francês Carrefour, as entregas de vegetais aumentaram 600% ano a ano. O varejista online chinês JD.com informou que suas vendas de supermercado online cresceram 215% ano a ano, para 15.000 toneladas durante um período de 10 dias entre o final de janeiro e o início de fevereiro.
 

No gigante de marketplace Mercado Livre, as categorias de saúde, cuidado pessoal e alimentos e bebidas registraram crescimento de 15% quando comparado ao mês todo de fevereiro deste ano. Na comparação com a primeira quinzena de março do ano passado, o crescimento foi de 65%. 
 

O Mercado Livre atribui esse crescimento ao cenário atual de combate ao contágio do coronavírus, considerando que produtos como máscaras protetoras, álcool em gel e de primeiras necessidades (alimentos, papel higiênico, fraldas etc.) fazem parte dessas categorias.
 

As preocupações com a entrega de alimentos devido a uma possível contaminação de alimentos estimulam a recente inovação nos serviços de coleta e entrega sem contato. Empresas como McDonald’s e Starbucks estão aumentando os serviços de entrega que limitam o contato humano, e os pedidos são embalados para mantê-los livres de contaminação.
 

Startups estão fazendo sua parte para a prevenção do coronavírus

Em uma semana, as entregas diárias feitas pela Buymie, startup irlandesa que trabalha com duas das principais redes de supermercado que atuam no país (Lidl e o Tesco), aumentaram 300%, segundo o executivo-chefe e cofundador da startup, Devan Hughes. O número de usuários da plataforma cresceu 190% na última semana.
 

Com a proliferação do coronavírus pela América Latina, empresas como a startup colombiana Rappi, que tem cerca de 200.000 entregadores em nove países da América Latina, registrou um aumento de 30% nas entregas nos primeiros dois meses de 2020 em comparação com os últimos dois meses de 2019. Esse é um aumento significativo no número de pedidos de supermercado, uma resposta dos usuários preocupados com as incertezas e medidas de quarentena em diferentes cidades.
 

Enquanto isso, medidas preventivas estão sendo adotadas para proteger entregadores e usuários de aplicativos. A IFood, por exemplo, criou um fundo de R$ 1 milhão para apoiar os funcionários em quarentena, além de testar entregas sem contato.
 

O Uber EATS, por sua vez, fornecerá assistência financeira por até 14 dias aos motoristas ou parceiros de entrega que foram diagnosticados com o coronavírus, ou colocados em quarentena pelas autoridades de saúde.
 

O impacto comercial mais claro e imediato da pandemia de coronavírus foi uma grande mudança nas cadeias de atacado distribuidor

Um declínio no varejo físico, que compreende mais de 85% das vendas no varejo dos EUA, pode mudar as compras diárias tradicionais para canais digitais, como Amazon ou outros varejistas eletrônicos, e aumentar as vendas – efeitos já vistos por fornecedores como RedMart em Cingapura. 
 

Além disso, essa mudança tem potencial para reforçar o uso do comércio omnichannel, como comprar online e retirar na loja para clientes que desejam comprar na loja, mas evitam multidões. 
 

Esse aumento na demanda por e-tail (varejo através da internet) pode sobrecarregar os fornecedores e trabalhadores de logística, o que pode exigir que as empresas de comércio eletrônico revisitem suas estratégias para atendimento e entrega de pedidos, incluindo as estratégias de envio rápido, a fim de acompanhar a crescente demanda e manter trabalhadores seguros. 
 

Os relacionamentos entre empresas de atacado e varejistas, que geralmente estão alinhados com questões de fornecimento, planejamento de demanda e negociações comerciais, passam por grandes mudanças após o surto de coronavírus em todo mundo. 
 

Muitas negociações passaram para um processo de vendas online com apoio de chamadas de vídeo ou de voz, tornando-se ainda mais dinâmicas.
 

Além disso, o planejamento da demanda por produtos é uma preocupação crescente, já que a falta ou o excesso de estoque se tornaram cada vez mais inaceitáveis ​​para os varejistas atuais. 

 

As discussões padrão sobre preços, promoção e gastos comerciais, que normalmente compreendem a maioria das conversas com os principais gerentes de contas / compradores de varejo, estão se tornando processos digitais através de um ambiente online personalizado para cada segmento do atacado/varejo.
 

Por fim, as empresas tiveram que mudar muitas de suas atividades de marketing de offline para online para se adaptar às mudanças no tráfego do consumidor. 
 

Tecnologia que faz a diferença: comércio tradicional e comércio eletrônico enfrentam mudanças e desafios

Varejistas e atacadistas já lidavam com as fortes mudanças para o ambiente online no nos últimos anos. O coronavírus impulsionou ainda mais todo esse processo de transição, ainda mais com a possibilidade de cidades serem colocadas sob bloqueio, já que os governos locais impõem medidas de quarentena e restringem as viagens ao ar livre. 
 

Diante disso, conectividade e dados em tempo real passam a ser essenciais para visualizar uma cadeia de suprimentos ponta a ponta e fazer as alterações necessárias ao processo de negócios online.
 

Ainda não sabemos até que ponto o coronavírus afetará a economia global ao longo prazo, mas as interrupções nas cadeias de suprimentos no atacado são inevitáveis. É esperado que o impacto seja contido e mínimo, tanto do ponto de vista empresarial quanto humanitário. Mas deixe isso servir como um ponto de iluminação para as empresas.
 

Os atacadistas desempenham um papel extremamente importante no ciclo de vida do produto e, historicamente, têm sido atrasados ​​quando se trata de adotar os mais recentes avanços tecnológicos. 
 

Avaliar e investir em tecnologia que permita uma percepção em tempo real e a adaptabilidade às mudanças deve ser uma prioridade no futuro. Aqueles que são ágeis o suficiente para antecipar e executar alterações na cadeia de suprimentos estarão mais aptos a absorver as restrições globais de disponibilidade de produtos e obter maior sucesso em longo prazo.
 

Grandes empresas de tecnologia passam a fazer parte da luta contra o coronavírus

Gigantes da tecnologia, a exemplo do Google e Microsoft, uniram forças como parte de uma iniciativa para combater o coronavírus.
 

Por meio da iniciativa, a comunidade de ciência de dados Kagglef adquirida pela Google Cloud há três anos, o Allen Institute for AI, a Chan Zuckerberg Initiative (CZI), o Centro de Segurança e Tecnologia Emergente (CSET) da Universidade de Georgetown (CSET), Microsoft e a Biblioteca Nacional de Medicina (NLM) ) nos Institutos Nacionais de Saúde colaboraram para lançar o Covid-19 Open Research Dataset (Cord-19).
 

O Cord-19 representa a mais extensa coleção de literatura de coronavírus legível por máquina disponível para mineração de dados até o momento. 
 

Isso permite à comunidade mundial de pesquisa em IA a oportunidade de aplicar abordagens de mineração de texto e dados para encontrar respostas a perguntas e conectar informações sobre esse conteúdo, em apoio aos esforços contínuos de resposta do Covid-19 em todo o mundo. Há uma urgência crescente para essas abordagens devido ao rápido aumento da literatura sobre o coronavírus, dificultando o acompanhamento da comunidade médica.
 

Os supercomputadores da IBM ajudaram cientistas do governo a estudar possíveis compostos de drogas que podem combater o coronavírus, informou a empresa.
 

A divisão de saúde da Alibaba abriu, gratuitamente, os serviços de telemedicina para residentes de Hubei. Por meio de seus canais de comunicação, a gigante do e-commerce está encorajando pessoas que apresentarem quaisquer sintomas de doenças a realizarem um atendimento remoto, visando identificar casos de contaminação do vírus o quanto antes.

 

Mas a participação das empresas de tecnologia não ficou apenas nas questões científicas buscando a cura pelo coronavírus. 
 

Recentemente, a Amazon gigante de comércio eletrônico, anunciou aberturas para contratar 100.000 novos funcionários de armazém e entrega para atender ao aumento da demanda por remessas como resultado da pandemia de coronavírus. Também aumentará a remuneração horária dos trabalhadores ocupados nessas posições em US $ 2 adicionais nos Estados Unidos até abril.
 

Além disso, a versão paga do Hangouts Meet será gratuita até 1º de julho. Alguns dos recursos premium das empresas e escolas podem se beneficiar ao máximo durante esse período:

  • Um limite aumentado de 250 participantes por chamada.

  • Transmissão ao vivo com um limite de público aumentado de até 100.000 espectadores em um domínio.

  • A capacidade de gravar reuniões e salvá-las no Google Drive.
     

Isso, sem dúvida, ajudará as empresas a realizarem grandes reuniões on-line, fazendo apresentações em toda a empresa e salvando reuniões para que outras pessoas vejam mais tarde.
 

Caminho para a recuperação

Em momentos de tanta tensão, pode ser difícil acompanhar todos os desafios imediatos, e mais ainda manter o foco no médio e longo prazo. No entanto, as equipes de liderança em produtos de consumo sabem que não podem perder de vista seus objetivos mais amplos durante a turbulência criada pelo COVID-19. Elas precisam planejar a recuperação.
 

Embora demore algum tempo para voltar aos negócios como de costume. As empresas devem continuar a priorizar a criação de um ambiente de trabalho saudável e um processo de vendas online eficiente. 
 

Compartilhe as ações que você tomou para garantir segurança e higiene contínuas, e trabalhe com seus fornecedores e distribuidores para implementar medidas adicionais. Aprenda com esse choque para tornar sua empresa mais resiliente após choques externos futuros, como crises econômicas, ataques terroristas e desastres naturais.
 

Recuperação também significa redefinir e reiniciar o plano para 2020 com novos objetivos, orçamentos, previsões e planos operacionais. Além disso, as empresas precisarão atualizar seu plano, com foco especial nas principais ações:

  • Revise os dados do cliente e do mercado para destacar as áreas em que a empresa ganhou ou perdeu participação de mercado durante a crise. A revisão também deve cobrir como os clientes de maior valor da empresa enfrentaram a crise, identificando ações prioritárias para nutrir esses relacionamentos.

  • Reequilibrar os níveis de estoque para se ajustar à demanda pós-crise.

  • Desenvolver planos de revitalização comercial para reativar a demanda.

  • Atualize sua lista de parcerias, procurando oportunidades na cadeia de valor. Esteja pronto para avançar rapidamente se houver oportunidades.

  • Implemente a melhoria contínua de custos, especialmente em categorias que não estão se recuperando conforme o esperado.
     

Olhando mais adiante, as empresas podem usar esse momento como um catalisador para criar capacidades de longo prazo, não apenas como um teste de estresse para se preparar para futuras crises, mas também para atender às necessidades de clientes, consumidores e fornecedores de maneira mais eficaz e eficiente.
 

Uma crise que ainda tem muito a ensinar para as empresas

A crise atual está tendo um impacto significativo nas empresas de produtos de consumo, com vários efeitos de segunda ordem que ainda estão surgindo. Uma resposta focada e coordenada ao coronavírus, agora, deve estar no topo da agenda de todos os CEOs de produtos de consumo. O comércio eletrônico viverá com suas consequências por meses ou até anos.
 

As mudanças operacionais específicas exigidas são vastas, abrangendo questões urgentes e abrangentes de continuidade do fornecimento, distribuição e logística, evolução do relacionamento com os clientes e muito mais. 
 

O surto também destaca a importância da preparação, resposta rápida, aprendizado contínuo, adaptação e comunicação no planejamento de contingência. Acima de tudo, a segurança dos funcionários, clientes e parceiros de negócios é e continuará sendo a maior prioridade.
 

Nestes tempos difíceis, funcionários, clientes, comunidade de investidores e outras partes interessadas acompanharão atentamente a resposta do setor. Este é um momento decisivo de liderança. Aceite o desafio, tome ações decisivas que colocam as pessoas em primeiro lugar, demonstrem empatia e capacite a equipe ao seu redor.